quinta-feira, 30 de junho de 2011

De Olho na Reserva N. 4

Já famosa pelas promessas de asfaltamento, a BR-487, nossa estrada Boiadeira, deve receber neste mês de junho a visita da Presidente da República, Excelentíssima Senhora Dilma Rousseff. A presidente deve anunciar o início das obras. Sem dúvidas, a pavimentação da Boiadeira é muito importante para toda a região noroeste do Paraná, que é a maior produtora de carne bovina do estado, importante pela produção de grãos e carne de frango, e o segundo maior polo produtor de moda do país.
O asfaltamento facilitaria o escoamento não apenas da produção da região noroeste do Paraná, mas também dos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e até de Rondônia, para os portos de Paranaguá e Itajaí, por exemplo. A população residente na região da Boiadeira também terá maior mobilidade e segurança nos deslocamentos rodoviários – e a PR-323, entre Umuarama e Maringá, que já está ganhando o apelido de “rodovia da morte”, possivelmente terá seu tráfego diminuído, o que deve levar à redução do número de acidentes.
Mas, afinal, o que a Reserva Biológica das Perobas tem a ver com a estrada? Em Tuneiras do Oeste a Boiadeira passa ao lado da reserva. Por 9 Km, a estrada passa na chamada zona de amortecimento da reserva. Neste setor, os impactos ambientais que possam atingir a reserva devem ser amortecidos, como o próprio nome sugere.
Rodovias podem causar sérios danos ambientais, e foi por este motivo, e também pela exigência da lei, que o DNIT, antigo DNER, solicitou a autorização do ICMBio para a obra de asfaltamento que está prevista. Em 2010, durante meses a equipe do ICMBio avaliou principalmente dois problemas – o risco de acidentes envolvendo veículos e animais selvagens; e o risco de acidentes com cargas perigosas que poderiam ser levadas pelos rios para dentro da reserva biológica. Este trabalho resultou na alteração do projeto para incluir mecanismos que aumentem a segurança dos futuros usuários da rodovia, bem como garantam que a reserva, importante patrimônio natural de Tuneiras do Oeste, esteja menos exposta a danos ambientais.
(O Tuneirense - julho/2011)

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