domingo, 19 de abril de 2009

Visão da Rebio

(Do sítio http://www.avesderapinabrasil.com)
"A Reserva Biológica das Perobas, abriga uma das maiores biodiversidades do estado do Paraná. Está situada nos municipios de Tuneiras do Oeste e Cianorte, no noroeste do estado. Essa floresta possui aproximadamente 10 mil hectares, sendo boa parte no territorio de Tuneiras do Oeste. O remanescente possui vegetação em transição de Floresta Estacional Semidecidual e a Floresta Ombrófila Mista, com predominância de perobas e araucárias, espécies ameaçada de extinção. Esse remanescente é sem dúvida o mais importante do noroeste paranaense. Por se tratar de um fragmento isolado e de grande extensão, é o único refúgio de fauna da região com grande diversidade de espécies animais e vegetais. Apresenta uma grande variedade de aves, como Tucanos e Pica-paus. Dentre os mamiferos, já foram registrados: iraras (Eira barbara), quatis (Nasua nasua), tatu-galinha (Dasypus novemcinctus), macaco-prego (Cebus apella), cachorro-do-mato (Cerdocyon thous) além de espécies de grande porte como o veado-catingueiro, porco-do-mato e Anta. De acordo com o Biólogo do Ministério do Meio ambiente, Mauricio Savi, é possivel encontrar em um pequeno espaço rastros de porcos-do-mato, veados, antas e inclusive felinos como a onça-parda (Puma concolor).
A criação dessa reserva foi de uma proposta do governo federal para proteger os ecossistemas naturais ameaçados existentes no Paraná e em Santa Catarina. Atualmente conta uma sede no Municipio de Cianorte e outra em Tuneiras do Oeste, sob os cuidados do chefe da unidade Carlos Alberto F. De Giovanni. Por ser uma Reserva Biológica, ela é protegida integralmente, sendo permitida a visitação apenas para educação ambiental e pesquisas científicas com autorização do ICMBio.
Na parte sul da Reserva, passa a rodovia federal (BR 487), a chamada estrada boiadeira, que margeia a floresta por aproximadamente 8,5 km. A Reserva Biologica das Perobas felizmente não sofre com desmatamento, mas atividades de caça ainda persistem, sendo essa a principal ameaça da Reserva. Trilhas clandestinas, armadilhas e outros rastros de caçadores são encontrados. Para combater isso, a Rebio das Perobas implantou a "Operação biXo", projeto de combate a caça, desde a educação ambiental com os moradores e comunidades até repressão aos caçadores ilegais. Por ser um projeto amplo e continuado, os trabalhos contam com apoio, cooperação e ações conjuntas do ICMBio, IBAMA, Polícia Ambiental e Rodoviária, IAP, Poder Judiciário, Polícia Federal, Exército e outras organizações da sociedade civil.
A Reserva Biologica das Perobas, representa uma grande possibilidade de desenvolvimento educacional in-situ e ex-situ, auxiliando no crescimento da conscientização ambiental na comunidade e participando de atividades do Ecoturismo regional. Sendo um raro remanescente florestal, propiciará o desenvolvimento de pesquisas sobre a flora e fauna da região, bem como, projetos sócio-ambientais. Até o momento estão sendo realizadas duas pesquisas na Rebio das perobas: uma com morcegos pelo professor dr. Henrique Ortêncio Filho da Unipar, e outra com mamiferos de médio e grande porte pelo biólogo Vagner Carlos Canuto. Se tratando de aves de rapina, analisando as dimensões desse remanescente e seu ótimo estado de preservação, é provavel que ocorra aves de rapina raras como por exemplo o gavião-de-penacho (Spizaetus ornatus) ou gavião-pato (Spizaetus melanoleucus) ambos na atual lista vermelha de espécies ameaçadas do Paraná. Em minha visita nas áreas de contorno da reserva, ainda não visualizei tais espécies, mas uma floresta desse porte apresenta presas potenciais e habitat para abrigar esses gaviões e muitos outros animais".
(Texto: William Menq)

Um comentário:

Willian Menq disse...

Olha só, eu havia comentado antes de inicar a pesquisa que poderia haver o gavião-pato (Spizaetus melanoleucus), e foi justamente o que aconteceu!
Legal, abracs