segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Análise da Qualidade Ambiental

“Todo cidadão tem direito ao Meio Ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e a coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.” (CFB, Art. 225).
O Homem contemporâneo, frente aos desafios mundiais, busca mais do que a melhoria do padrão de vida. Hoje, busca-se a Qualidade de Vida.
Porém, todo desenvolvimento provoca mudanças. O equilíbrio entre vantagens e desvantagens dessas mudanças é a chave da preservação do ambiente, da vida dos organismos, especialmente, da raça Humana.
Quando ocorre algum desequilíbrio na relação do homem, suas invenções e o ambiente em que vive provoca-se poluição. Portanto, poluição é todo e qualquer desequilíbrio na relação homem-ambiente, gerando desconforto, mal-estar, e ameaça a existência de alguma espécie. Poluição ameaça a existência, primeiramente, da espécie humana.
Alcançar Qualidade de vida só faz sentido se a Qualidade Ambiental também for considerada. Não é, ao menos, coerente dissociar Meio Ambiente e Homem. Desenvolvimento, Sustentável ou Sustentado, pouco importa a semântica, deve ser buscado com interligação entre fauna, flora, solo, ar, água e Homem. Apenas a visão global dessa integração resultará em Qualidade de Vida. As atividades antrópicas, domésticas ou industriais, geram resíduos que, muitas vezes, ainda com teores tóxicos excessivos, são lançados nos cursos d'água, por ineficiência dos processos de tratamento ou pela pura inexistência destes. O excesso de agrotóxicos, ao ser carreado para córregos e rios, polui água e solo, prejudicando as espécies que neles vivem ou deles se utilizam, alterando seu ciclo vital sob as mais diferentes formas. No Estado do Paraná, de agricultura tecnificada, o uso de agrotóxicos é significativo. A existência de indústrias que se servem dos recursos hídricos, também o é. Isto significa dizer que o monitoramento dessas atividades deve ser proporcionalmente feito na magnitude do uso estabelecido. Algumas substâncias são transportadas, pela volatilização e arraste atmosférico, a grandes distâncias, e, pela precipitação, contaminam outras áreas. Percolação, lixiviação, diluição são outros fatores que causam contaminações. O armazenamento de produtos químicos, a má aplicação e a destinação inadequada de efluentes e embalagens vazias fecham este ciclo de contaminações ambientais. Resíduos antropogênicos dos três estados físicos, contaminações em cursos d’água, ar, solo e animais, devem merecer observações sistêmicas, a despeito de custos e dificuldades de qualquer ordem.
Monitoramento ambiental de uma Unidade de Conservação, de sua Zona de Amortecimento e Entorno, ou de qualquer outra Área de Preservação, exige estudos que abordem aspectos de micro e macro observações. Tal abordagem gera um conjunto de informações que, de forma continuada, devem ser comparadas entre si e com as obtidas em áreas naturais não perturbadas.
Vários fatores devem ser observados neste monitoramento. Desde o levantamento das atividades potencialmente poluidoras e modificadoras do ambiente, tipos de resíduos existentes e dos agrotóxicos utilizados, até o desenvolvimento de procedimentos, incluso a educação ambiental, para controle e minimização da influência de poluentes sobre as Unidades e Áreas Preservação.
O Programa aqua: “Análise da Qualidade da Unidade e sua Área de entorno”, propõe, a partir de análises químicas de dada área em estudo (Unidade), permear a informação e o controle: do levantamento de propriedades, populações e práticas existentes, passando pelas características e análises da paisagem (geoprocessada, inclusive) e pelo conhecimento da Legislação, desaguando no desenvolvimento de procedimentos sistemáticos de Educação e Fiscalização ambientais, observando e minimizando a influência poluente antropogênica sobre a Unidade e seus Corredores.
Apresentado à Administração do Parque Nacional do Iguaçu (PNI), o Programa aqua passou a ser “Análise da Qualidade Ambiental” e vem sendo aplicado com denominação aquaIGUAÇU, atendendo, naquilo que se propõe e lhe cabe, as necessidades desta Unidade de Conservação (UC). “O PNI é uma das Unidades de Conservação com maior importância sócio-ambiental para nosso País. Cabe-nos protegê-lo e conservá-lo para as atuais e futuras gerações. Quando nos foi apresentado o Programa aquaIGUAÇU, pelo Analista Ambiental Carlos De Giovanni, imediatamente identificamos um potencial sem limites para aplicação imediata na UC, uma vez que, não se resumia a análises periódicas de água e/ou efluentes, mas sim, tratava-se de um programa mais abrangente, envolvendo todas as áreas e setores do Parque, principalmente no envolvimento direto com a Educação Ambiental e o Manejo da Unidade. Estamos certos do sucesso do Programa e do benefício que o mesmo trará para toda a comunidade envolvida com este Patrimônio Natural da Humanidade, o PNI”, disse Jorge Luiz Pegoraro, Chefe do PNI.

Um comentário:

Anônimo disse...

A arborização apresenta -se como fator fundamental para o restabelecimento da qualidade de vida,melhorando a qualidade do ar,com a finalidade de reduzir a atual carência.É portanto, um termo amplo que concentra as condições que são fornecidas ao indivíduo para viver como ele pretende.
Tomando como base a espécie humana,tal definição aplicada às ações praticadas pela espécie humana são atos poluidores,pelo simples ato de respirar.Qto melhor for a água de um rio,ou seja qto mais esforço forem feitos no sentido de que ela seja preservada a população só terá a ganhar.