quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Livro retrata a exuberância da Reserva Biológica das Perobas

BELAS IMAGENS – A ideia é usar a fotografia para atrair o leitor para a informação científica


Uma área riquíssima foi escolhida para ser destaque em um livro. Não se trata de um condomínio fechado com mansões luxuosas e ambiente artificializado. Ao contrário, o que impera nos 8.716,13 hectares é a natureza no estágio que sofreu menos interferência humana. Trata-se da Reserva Biológica das Perobas, localizada entre Tuneiras do Oeste e Cianorte. O livro, a ser lançado no mês de março, coincidindo com a data de criação da Reserva, possibilitará ao público conhecer um pouco mais sobre esse patrimônio. Textos de cunho científico e belas imagens compõem o material, a ser distribuído gratuitamente. O livro é editado pelo Instituto Chico Mendes, responsável pela administração do local.

“Desde a criação da Reserva, em março de 2006, foram realizados vários projetos de pesquisa com universidades da Região. Surgiu a ideia, por parte de um dos pesquisadores, de editar um livro destinado principalmente aos moradores de Tuneiras do Oeste e de Cianorte sobre a biodiversidade da região”, explica o analista ambiental Antonio Guilherme Cândido da Silva.

Para desenvolver os trabalhos, hoje na fase final de diagramação, foram convidados cientistas que já estudam o local para elaborarem capítulos específicos sobre a vegetação, anfíbios, peixes, aves, mamíferos voadores e terrestres. “Tem bastante informação reunida sobre as espécies protegidas na Reserva”, antecipa Silva.  O histórico, finalidades e os trabalhos realizados para garantir a proteção e o gerenciamento da Reserva são outros temas abordados.
CLUBE DA FOTOGRAFIA
Uma parceria importante, que nasceu em 2010 com o Clube de Fotografia Cianorte, viabilizou o projeto fotográfico realizado todo dentro da Reserva. “A ideia foi associar o texto de divulgação científica com muitas imagens para atrair o público e facilitar o entendimento”, explica o analista.
“Fizemos um convênio com essa intenção de produzir imagens como atividade prática do Clube e ao mesmo tempo com o objetivo de contribuir na produção, publicação e divulgação de material científico e educacional”, explica o presidente do Clube, Anderson Theodoro. O fotógrafo lembra que a ausência de equipamentos e pessoal dedicado à produção de imagens fotográficas é uma das carências da Reserva.
Diversas expedições, noturnas e diurnas, foram realizadas em busca das mais variadas espécies. Onça, anta e queixada “exigiram” a instalação de armadilhas fotográficas, disparadas com sensores.

Remanescente
A Reserva Biológica das Perobas não tem visitação aberta com fins turísticos, mas com ênfase a grupos de estudo de escolas e universidades e pesquisas científicas. “Para abri-la à visitação pública é necessário fazer a desapropriação, indenizando a Companhia Melhoramentos Norte do Paraná (CMNP),  proprietária de maior parte da área”, explica Antonio Silva.  No começo da década passada a região foi identificada pela Secretaria de Meio Ambiente e o Ministério do Meio Ambiente como a maior área de floresta que sobrou no Noroeste e Norte do  Paraná, abrigando diversas espécies que estão ameaçadas de extinção não apenas no Paraná como no Brasil.

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