domingo, 4 de outubro de 2009

Gavião Pato: O Reencontro

A esquerda gavião pato fêmea de grande envergadura foi observada em junho na parte leste da Rebio. A Direita Individuo macho, de pequeno tamanho comparado a fêmea, foi observado em setembro na parte oposta a primeira observação
Na 5º etapa de campo da pesquisa com aves de rapina na Reserva Biológica das Perobas, unidade federal localizada em Tuneiras do Oeste e Cianorte no estado do Paraná, tivemos o prazer de reencontrar o gavião-pato Spizaetus melanoleucus espécie rara e ameaçada no estado, e de dificil observação na reserva.Pelas caracteristicas da plumagem podemos afirmar que se trata de outro indivíduo e pelo pequeno porte comparado a obsevação de junho indica que essa ave é um macho adulto. Observamos ele por volta do meio-dia quando ele passou planando a baixa altura com uma presa não-identificada nas garras, voava em direção ao meio da mata. Cerca de 4 gaviões-tesoura Elanoides forficatus [ Espécie na qual ainda não havia sido catalogada neste trabalho] o perseguia tentando acuá-lo da area. Talvez o gavião-pato estivesse levando a presa para um possivel ninho para alimentar a fêmea. Com esses dados, podemos finalmente confimar que na rebio existe ao menos um casal de Spizaetus melanoleucus, tentaremos nas proximas saidas a campo apontar se eles estão se reproduzindo ou não na unidade. Para isso será feita uma varredura visual com o binóculo nas copas das arvores a partir dos pontos fixos seguidos na metodologia. Como é uma aguia florestal que naturalmente possui pequenas populações será possivel estimar a quantidade de individuos na rebio através das técnicas de reconhecimento visual pelas falhas das primárias. O Interessante é que a segunda visualização foi realizada do lado oposto comparado ao registro de junho, indicando uma boa distribuição da espécie na reserva das perobas.
Spizaetus melanoleucus
(Texto: Willian MenQ / Fonte: http://www.avesderapinabrasil.com/)

Um comentário:

Willian Menq disse...

É sempre uma honra registrar tais espécies e constatar que elas ainda vivem no nosso sofrido noroeste paranaense. Isso mostra a importancia que a Rebio tem de acolher esses animais que dependem integralmente dela para viverem na região

Abraços