sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

ICMBio e IBAMA apreendem 5 toneladas de pescado

Doação do pescado às comunidades ribeirinhas
Em apenas oito dias de atuação, fiscais do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), em parceria com a Polícia Civil, apreenderam cerca de cinco toneladas de peixes pescados no período de defeso no Rio Amazonas. O defeso é um período em que a pesca é proibida para permitir a reprodução das espécies e a conseqüente renovação dos estoques. As espécies mapará, tucunaré, aracu e curimatã eram transportadas ilegalmente em cinco barcos na calha norte do rio, nos municípios de Santarém, Óbidos e Juruti, região conhecida como Lago Grande, Oeste do Pará. Os peixes apreendidos foram doados às comunidades ribeirinhas das Vilas Curuiai, Cativo e Carubal. Na sexta-feira (6), já perto do fim da operação, os fiscais embargaram o frigorífico de pescado que comprava os peixes das embarcações flagradas. A empresa funcionava sem licença ambiental em Óbidos. O proprietário foi multado em R$ 15 mil e o frigorífico terá as atividades paralisadas até sua regularização junto ao órgão ambiental competente. Sob coordenação dos analistas ambientais Elton Barros, do Ibama, e Maurício Santamaria, do ICMBio, a Operação Piraíba – que faz referência ao maior peixe de água doce do mundo e que na língua tupi significa Mãe do Rio – teve o objetivo de fiscalizar a pesca dentro e fora de unidades de conservação no Oeste do estado, especialmente a da espécie mapará. "Esse peixe é muito procurado pelos frigoríficos porque tem um ótimo rendimento no processo de enfiletamento (corte da carne em filé). Porém, como é o período de defeso, não pode ser pescado nessa época", explica Santamaria. Os responsáveis pelas embarcações apreendidas foram autuados e cada um terá que pagar multa de R$ 700,00 por terem pescado no período de defeso e mais R$20,00 por cada quilo de peixe ilegal em sua posse. "A maioria dos peixes vendidos pelos proprietários desses barcos ia para um frigorífico de Óbidos e para outros barcos maiores que levam o pescado para Abaetetuba e Ver-o-Peso, em Belém", acrescenta Maurício.
(Fonte: Ascom/ICMBio - Luciana Almeida, Brasília, 11/02/09)

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