sábado, 1 de setembro de 2012

A Seca e o Reflexo na Economia

As quatro estações do ano possuem características bem definidas que diferenciam pelo clima, temperatura, precipitações prolongadas, a exemplo das estiagens que ocorrem quase todos os anos no período de inverno entre, 20 de junho a 22 de setembro.
Com o agravante em decorrência de secas que vem acontecendo em vários países dos três continentes da América, principalmente onde o Brasil mantém forte relação comercial como os Estados Unidos e México, desencadeiam uma série de dificuldades para ajustar o abastecimento de vários produtos para a bovinocultura, suinocultura e avicultura. Por outro lado surge oportunidade para aumento de exportações de produtos primários nacionais que integram commodities do Setor Agropecuário como: milho, soja, açúcar, carne, etc., fatores que modificam oportunidades também no mercado de ações e interfere positivamente na melhora da sanidade financeira na Balança Comercial do Brasil.
Com certeza, esse fato poderá trazer dificuldades para abastecimento em países pobres e que necessitam de importação de alimentos. Para nossa agropecuária, abrem-se condições favoráveis pela queda de produção na safra agrícola americana. Nosso mercado interno deve continuar abastecido principalmente pelo aumento de produção da atual safra, embora seja razoável prever pressões sobre o custo de vida, principalmente pelo reflexo em cotações de preços internacionais.
Segundo os principais analistas da área, “se não tivermos problemas climáticos” não há razão para previsão de dificuldades em abastecimento e nem queda nas exportações de alimentos para o próximo ano, mas os preços dos produtos primários provavelmente forçarão o Banco Central a ser mais conservador na política de juros.
A segurança alimentar da população mundial vai depender de países como o Brasil, que ainda podem aumentar relativamente a sua rede de produção primária. E, para nossa conquista como “celeiro do mundo”, precisamos focar em tecnologia. Bastaaumentar a produção em menos espaço e subir o volume atual de 4,5 toneladas por hectare para equiparar as 11 toneladas por hectare produzidas pelos agricultores nos Estados Unidos.
Nessa época de baixa umidade em que a vegetação se encontra ressecada é quando ocorre também grande quantidade de queimadas e que provoca um enorme volume de fumaça. Devemos redobrar os cuidados para evitar essa prática antiga de cultivo, pois a fumaça não se espalha na atmosfera, permanece concentrada em uma altitude baixa, provoca poluição do ar, dificulta a respiração e provoca doenças pulmonares em todos os seres vivos.

Claudio Palozi
Presidente do Comitê Gestor do Território Rural Entre Rios e presidente do CORIPA. S. Jorge do Patrocínio – Pr.

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