sábado, 20 de outubro de 2012

O primeiro ambientalista


Nos tempos em que se fala sobre mudar os nossos hábitos de vida em busca da sustentabilidade, gostaria de falar sobre uma pessoa que mudou a vida de milhares, ao mostrar como é possível viver de forma sustentável e com respeito ao planeta em que vivemos e cujos recursos naturais não são inesgotáveis!
Nascido em 82, filho de um comerciante do setor têxtil, que graças a negócios bem sucedidos na França, conquistou riqueza e bem estar. Giovanni era um jovem popular e aproveitava muito bem sua posição social com festas e boemias. Como boa parte da juventude, gostava de andar com roupas da moda, de beber e de aventuras.
Porém, em determinado capítulo de sua vida, Giovanni mudou!
Em certo momento, passou a entender a sua relação com o meio que nos cerca. Entendeu o significado e a importância da água, dos animais, das plantas, do ar, da biodiversidade e de todo o Planeta em que vivemos.
Mais ainda, entendeu que a sustentabilidade não é uma questão de sobrevivência da Terra, mas uma questão de sobrevivência e salvação do homem nesta Terra.
Deixou então tudo o que tinha e passou a viver de forma austera e desapegada das coisas materiais. Passou a tratar o vento, a água, o ar, o sol, a lua, todos os elementos da natureza com sua fauna e sua flora, como irmãos.
Entregou-se ao silêncio e à meditação.
A família e os amigos ficaram preocupados com a sua mudança e chegaram a pensar que ele estivesse louco.
Diz o cantor que, “a arte de ser louco é jamais cometer a loucura de ser um sujeito normal” e nesta loucura, Giovanni deixou seu lar e passou a viver de forma itinerante. E nesta caminhada encontrou outros loucos como ele, que passaram a segui-lo.
Revolucionário, Giovanni mudou o pensamento para sua época e ganhou o mundo!
Hoje os seus seguidores são incontáveis e chegam aos milhares, espalhados por 110 países do globo terrestre, levando suas ideias, princípios e virtudes, num modo de vida em harmonia com a natureza e com o meio ambiente que nos cerca.
Só por comparação, o Greenpeace uma das mais conhecidas organizações ambientais do mundo está presente em apenas 50 países, menos da metade do alcançado por Giovanni.
Neste mês de outubro comemora-se mundialmente um dia que foi criado em sua homenagem. Data que também celebra-se o dia dos animais e o dia da natureza.
Em sua nova vida combateu o ódio, a ofensa, a discórdia, a dúvida, o erro, o desespero, a tristeza e as trevas. Morreu aos 44 anos de idade cantando e em paz. Em sua luta por um mundo melhor pediu força para mudar o que pudesse ser mudado, resignação para aceitar o que não pode ser mudado e sabedoria para distinguir uma coisa da outra.
E então, alguns leitores agora se questionam:
Como pode alguém ter sido tão influente assim e eu nunca nem sequer ter ouvido falar de seu nome?
Pode ser que você o conheça pelo apelido italiano que seu pai teria lhe dado nos tempos em que viveram na França: “Francesco” ou “Francisco”, da cidade de Assis.
Pode ser que você já tenha chamado-o pelo nome que o mundo inteiro o conhece “São Francisco de Assis”, primeiro ambientalista do mundo, nascido em 1182 e que há séculos deixou uma mensagem de esperança para todos nós, que dia após dia, lutamos para mudar o pensamento das pessoas a respeito do amor à natureza:
“Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível, e de repente você estará fazendo o impossível.”
Erick Caldas Xavier
Secretário Executivo do CORIPA, Secretário de Meio Ambiente e Turismo de S. J. do Patrocínio, Conselheiro do Conselho Estadual de Recursos Hídricos e Vice-presidente do CRBio 07.

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