Ângela Maria Trento Hiller Lino, Fernanda de Almeida Gurski e Tiago Ribeiro Nogueira, biólogos, concluíram o Curso de Pós-Graduação em Análise Ambiental, das Faculdades Anglo-Americano de Foz do Iguaçu e, orientados pelo Professor Joaquim Buchaim, com co-orientação do engenheiro Carlos De Giovanni, apresentaram a Monografia “Avaliação de Métodos para Monitoramento Físico-Químico do Rio Iguaçu, Paraná, Brasil”, que avaliou a eficiência das metodologias utilizadas para a realização do monitoramento físico-químico e microbiológico, aplicadas nas estações de tratamento de efluentes e de seu corpo receptor, o rio Iguaçu , na área de Uso Público do Parque Nacional do Iguaçu, comparando-as com metodologias laboratoriais. A pesquisa fundamentou-se em quatro coletas, realizadas em cinco diferentes pontos de amostragens do rio Iguaçu, sendo o primeiro antes dos limites desta Unidade de Conservação e o último após os limites desta. As amostras foram analisadas por meio das metodologias, colorimétricas e/ou titulométrica, com o EcoKit e equipamentos de campo do Programa aquaIGUAÇU e laboratoriais, no Laboratório Integrado de Meio Ambiente (LIMA) das Faculdades Anglo-Americano e, ainda, se averiguou a conformidade das águas dos pontos amostrados com relação à Legislação vigente.
Embora tenham sido detectadas pequenas discrepâncias entre os valores obtidos com a aplicação das diferentes metodologias avaliadas, todas se mostraram qualitativamente eficientes. No entanto, a aplicação do EcoKit apresentou restrições quantitativas para alguns parâmetros, o que não o torna ineficiente para avaliação e monitoramento de qualidade de corpos d’água. Considerando-se o custo-benefício, sugere-se a utilização dos kits de campo, desde que se apresente, semestralmente, um laudo técnico, com análises laboratoriais utilizando métodos tradicionais, como determinado pela Legislação.
A qualidade da água do rio Iguaçu, incluindo-se os pontos próximos às áreas de despejo das estações de tratamento de efluentes, apresenta-se de acordo com o que determina a Resolução CONAMA 375/05, porém, ainda não atingindo o ideal de classifica-lo como “Classe Especial”. Entretanto, sob análise dos resultados obtidos, pode-se afirmar: “o rio Iguaçu sai do Parque Nacional do Iguaçu com melhor qualidade do que entra!”.
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