"A reunião do G-20 (países que representam as 20 maiores economias mundiais), realizada em Londres, foi encerrada neste dia 02 p.p., com o anúncio de seu documento final que indica uma série de ações para combater os efeitos da atual crise econômica.
Os comentários são positivos, com destaque à escolha de um fórum maior de países (o G20) em lugar do G7 (composto pelos 7 países ricos mais a Rússia) para as discussões globais. Países como o Brasil, China, Índia e África do Sul comemoram. Há consenso de que as nações emergentes não podem ficar de fora das grandes decisões mundiais.
As ações anunciadas vão desde a injeção de recursos (US$-1,1 trilhão), através do FMI, Banco Mundial, Bird e Banco da Ásia ao financiamento do comércio internacional e ajuda a países pobres, passando pela redução de juros, controle das moedas, regulação e supervisão das instituições, instrumentos e mercados financeiros com padrão internacional (incluídas as agências de avaliação de risco), sanções a paraísos fiscais e, por fim, pela busca de desenvolvimento com sustentabilidade ambiental.
Sobre o último ponto, o documento afirma que os países buscarão fontes alternativas e tecnologias limpas e eficientes para a utilização dos recursos naturais e que irão enfrentar o problema da mudança do clima com base em responsabilidades comuns e diferenciadas (isso indica que países ricos deverão arcar com mais recursos e aponta para um possível acordo na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática a ser realizada em dezembro deste ano em Copenhague).
Outra medida foi a concordância ao plano para salvar as florestas tropicais proposto pelo príncipe Charles, em que países ricos destinariam recursos aos países em desenvolvimento para combater e evitar o desmatamento e, com isso, reduzir o ritmo da mudança do clima. Além disso, os países promoveriam ações globais para mapeamento dos responsáveis pelos desmatamentos.
Não há dúvidas que a reunião do G-20 inaugurou uma nova fase nas relações internacionais. As crises mundiais - econômica e climática - forçam novas atitudes. Não bastam ações voltadas somente para reequilibrar a economia mundial. Ao mesmo tempo se deve por em prática aquelas que visam a sustentabilidade ambiental. Esses são os desafios que devem ser enfrentados."
Marino Elígio Gonçalves
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