domingo, 28 de março de 2010
Pequeno Dicionário Paranaense
Alcochoado: cobertor espesso; edredom.
Apinchá: jogar.
Apurado: com pressa; pessoa que tem necessidade de utilizar-se de sanitário.
Arrodear: ficar próximo, ir chegando (como quem quer algo).
Atorá: cortar.
Baita: grande.
Banhado: charco, alagadiço, lugar alagado.
Bexiga: balão de gás.
Breque: freio (geralmente de veículo).
Cair um tombo: Levar um tombo, cair.
Camassada de pau: apanhar, por exemplo, “o zé tomou uma camassada de pau”.
Campiá: procurar.
Cancha: quadra esportiva; campo de futebol de areia ou suíço.
Carreiro: caminho aberto no mato, trilha. (usa-se também carrero).
Chavear: trancar (geralmente a porta).
Chumaço: conjunto de alguma coisa.
Chupim: pessoa que se aproveita ou obtém vantagem de outra; que não sai de perto visando interesses.
Crêendeuspai: “creio em Deus Pai”, exclamação quando algo dá errado.
Cuque: Cuca. (bolo de origem alemã, à base de ovos, manteiga, açúcar, geléia e frutas).
De a pé: vir a pé, caminhando.
De fianco: de través, de lado. (corruptela de “flanco”).
Deitar o cabelo: ir embora depressa.
De ponta-cabeça: de cabeça para baixo.
Desacorçoado: desanimado, sem ímpeto.
Entojada: pessoa (geralmente criança), muito dengosa, cheia de vontades.
Erguer: aumentar (o volume do som, por exemplo).
Faceiro: o mesmo que vaidoso, lampeiro.
Fincá: cravar.
Gambiarra: algo mal feita, improvisada, geralmente instalação elétrica.
Gasosa: refrigerante regional gaseificado artificialmente.
Guardião: vigia noturno.
Garibar: melhorar, limpar, ajeitar.
Incebando: enrolando, fazendo cera.
Ingrupi: enganar.
Ínôzá: amarrar com muitos nós (já viu palavra com todas as sílabas com acento?).
Intertê: fazer passar o tempo com algo.
Intuiado: cheio.
Invaretado: nervoso.
Jacu: pessoa mal vestida, matuto, sem tarimba social, sem classe.
Jaguara: pessoa ruim, trapaceira, de má fé, mal intencionada.
Jóssa: coisa.
Judiá: mal tratar.
Lazarento: termo ofensivo dirigido a alguém.
Luitá: brigar.
Malaco: pessoa de má índole, trapaceiro (o mesmo que jaguara).
Malinducado: mal educado.
Mais firme que palanque no banhado: coisa ou pessoa com pouca resistência, sem forças. Também se diz de quem bebeu além da conta.
Ma’zói!: corruptela da expressão “mas, olhe”.
Me acordei: acordar.
Morcegar: não trabalhar, ficar à toa.
Não carece: não precisa, não há necessidade de, “não tem precisão”.
Negacear: recusar, recuar, observar de maneira suspeita.
Paiêro: fumo de palha.
Palanque: mourão de cerca, estaca.
Pânca: jeito, modo de se portar.
Pare, home do céu: parar, o mesmo que ’se para de sê bobo’ e ‘deusolivre home’.
Passeio: calçada.
Patente: vaso sanitário, privada.
Patrolar: nivelar, passar motoniveladora.
Pelota: bola pequena; saliência, caroço.
Pestiado: com alguma doença.
Piá: criança do sexo masculino, guri.
Piá pançudo: guri bobo.
Piazada: plural de piá.
Podá: ultrapassar, ou cortar, o mesmo que apodá.
Pozá: dormir em algum lugar, pernoitar.
Prá mais de metro: coisa ou assunto muito longo, demorado, comprido.
Quiçaça: mato fechado.
Relampejando: trovejando.
Resbalão: escorregar.
Rodado: conjunto de pneu e aro de veículo.
Sinalêra: semáforo.
Sortido: refeição popular, prato feito.
Táio: corte.
Tomar a fresca: apanhar a brisa da tarde; refrescar-se à sombra.
Tongo: pessoa boba, sem traquejo social, matuto, sem iniciativa.
Trupicá: tropeçar.
Tudo eles: Indica muita gente.
Um abraço pro gaiteiro: coisa ou assunto sem solução; despedida.
Vagal: pessoa preguiçosa, indolente (ou de mau caráter); corruptela de vagabundo.
Vina: salsicha. (deriva do termo alemão "vinewürst", embutido).
Virei às direita: indicando direção.
Vortiada: passeio, por exemplo, “vou dar uma vortiada” (vou passear).
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Um comentário:
o que eu estava procurando, obrigado
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