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do blog do Pegoraro) A parceria entre o Governo do Paraná e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) tem sido fundamental para fortalecer as ações de proteção do Parque Nacional do Iguaçu (PNI) e, principalmente, das áreas localizadas no entorno. O parque possui 185 mil hectares de mata preservada e abrange 16 municípios paranaenses.
O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Jorge Augusto Callado Afonso, reuniu-se nesta quinta-feira (18), em Foz do Iguaçu, com o chefe do Parque Nacional, Jorge Luiz Pegoraro e visitou a sede da 4ª Companhia de Polícia Ambiental/ Força Verde instalada no interior do Parque.
O presidente do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Volnei Bisognin, e o presidente do Instituto das Águas do Paraná, João Leach Samek, também participaram da visita. O IAP, ICMBio e a Polícia Militar Ambiental (Força Verde) promovem ações de fiscalização ambiental no entorno do Parque e atuam juntos no monitoramento e licenciamento de empreendimentos que possam causar qualquer tipo de dano aos recursos naturais da região.
“A nossa gestão é conjunta e o trabalho realizado no Parque consolida a visão do Governo do Estado de que os projetos de sustentabilidade não funcionam sem boas parcerias”, declarou o secretário.
QUALIDADE DA ÁGUA – Uma das iniciativas apresentadas foi o projeto de análise da qualidade ambiental das águas dos rios localizados no Parque Nacional, denominado ‘aquaIGUAÇU’.
Dentro do parque, passam 80 quilômetros do rio Iguaçu e outros 20 quilômetros de rios afluentes como os rios Floriano, Silva Jardim e Índio. “O Instituto Chico Mendes realiza um trabalho que complementa o trabalho do IAP e do Instituto das Águas e também serve como comparativo para tomada de decisões”, destacou o secretário Jorge Callado.
Implantado em 2005, o Programa aquaIGUAÇU, com seu laboratório de monitoramento da qualidade da água, funciona nas dependências da Escola de Educação Ambiental do Parque (Escola Parque). O programa faz, também, o levantamento da flora do rio Iguaçu e rio São João, monitorando mensalmente a qualidade da água no interior do Parque. Entre os parâmetros avaliados estão índices de pH, materiais sedimentáveis, fosfato, nitrato, temperatura e oxigênio dissolvido.
“São rios que partem da BR-277, cortam os municípios e desembocam no Iguaçu e nas Cataratas. Então, é importante esta interação para ações efetivas de educação ambiental em todo o Paraná”, afirmou Jorge Pegoraro. Ele explica que os resultados do monitoramento comprovam que a água que chega ao Parque, em grande parte, vem poluída pelas cidades.
“O Parque faz uma depuração da água no trecho em que ela corta a Unidade de Conservação, mas vale lembrar que a participação da população é fundamental para que as águas entrem na área do Parque com uma qualidade melhor”, destaca Jorge Pegoraro.
FISCALIZAÇÃO – A Força Verde atua diariamente no combate aos crimes ambientais no Parque Nacional e entorno. São 35 policiais que integram a 4ª Companhia de Polícia Ambiental - localizada no interior do Parque.
Entre as principais infrações estão a caça ilegal, o corte de palmito, extração de areia e argila, invasões de Áreas de Preservação Permanente (APP) e, principalmente, a pesca predatória.
O tenente Marcos Paluch conta que o esforço da Companhia está voltado para atender a todas as denúncias recebidas através do telefone da Força Verde: 0800-643 0304.
Uma das maiores demandas da Companhia é a pesca predatória praticada durante a Piracema - período de reprodução dos peixes - que acontece entre os meses de outubro a fevereiro. No ano de 2009/2010 a Força Verde registrou 107 ocorrências de pesca ilegal no rio Iguaçu e rios com afluência direta ao reservatório de Itaipu.
“Durante este período também fica proibida a captura, transporte e armazenamento de espécies nativas, inclusive para fins ornamentais e a utilização de qualquer animal como isca, incluindo peixes e pesca subaquática”, explica o presidente do IAP, Volnei Bisognin. Ele faz um alerta para turistas que, para fugir da legislação brasileira, praticam a pesca no Paraguai e Argentina. “O produto da pesca oriundo de locais com o período de defeso diferenciado, ou de outros países, deverá estar acompanhado de comprovante de origem, sob pena de apreensão do pescado e dos equipamentos utilizados na pesca”, finaliza Volnei.